Cientistas da Universidade de Lorestan, no Irã, e do Instituto Federal do Piauí (IFPI), no Brasil, uniram-se para explorar uma nova forma do carbono: o polidodecaedrano. A pesquisa foi liderada pelos professores Siavash Hasanvandi e Elham Neisi, do Departamento de Química Orgânica da Universidade de Lorestan, e pelo professor José Moreira de Sousa, do IFPI de São Raimundo Nonato. Essa colaboração internacional revelou o potencial desse novo material para diversas aplicações tecnológicas, especialmente na eletrônica.
O polidodecaedrano é formado por várias unidades de dodecaedro, conectadas de forma que criam uma estrutura tridimensional estável e simétrica. Essa nova organização do carbono é intrigante, pois se comporta como um semicondutor, semelhante ao silício, e possui uma grande estabilidade, tornando-se promissora para criar dispositivos eletrônicos e até materiais super-resistentes.
Os cientistas usaram métodos computacionais avançados, como a Teoria do Funcional da Densidade (DFT), para prever o comportamento do polidodecaedrano e analisar sua estabilidade. Esse suporte foi possível graças ao investimento em infraestrutura computacional proporcionado por várias instituições, entre elas a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI).
Com esses resultados, o polidodecaedrano destaca-se como um potencial “supermaterial” do futuro. Suas características inovadoras abrem portas para aplicações em eletrônica, optoeletrônica e outros dispositivos avançados, mostrando que o carbono ainda pode nos surpreender com novas possibilidades de transformação e uso na tecnologia.∎